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segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Artigo do JN on-line
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Serão com José Luis Peixoto e o seu «Cemitério de Pianos»
Depois de um agradável jantar, que acabou por se tornar literário quando os estômagos ficaram mais confortadinnhos com a sopa de cação, lá rumámos até à nossa BPE.
O Grupo de Leitura estava enorme! Éramos para aí uns vinte e cinco, o que contrastou com o mais recente número de alfuência às sessões regulares do Grupo. O José Luís Peixoto, como sempre, foi de uma simpatia extrema. As perguntas às vezes eram sobre o livro, às vezes sobre "os mistérios da criação literária"... Os comentários foram todos elogiosos, como seria de esperar. E deixo a quem ainda não leu o livro uma dica: Cemitério de Pianos fala-nos sobre a ternura...
O Grupo de Leitura estava enorme! Éramos para aí uns vinte e cinco, o que contrastou com o mais recente número de alfuência às sessões regulares do Grupo. O José Luís Peixoto, como sempre, foi de uma simpatia extrema. As perguntas às vezes eram sobre o livro, às vezes sobre "os mistérios da criação literária"... Os comentários foram todos elogiosos, como seria de esperar. E deixo a quem ainda não leu o livro uma dica: Cemitério de Pianos fala-nos sobre a ternura...
segunda-feira, 23 de abril de 2007
DIA MUNDIAL DO LIVRO 2007
Entre livros e leitores
Aprender a ler, juntando letras a sons, sons a palavras, palavras a discursos, e recebendo do texto escrito uma mensagem que nos informa, alerta, incomoda, espicaça, seduz, aprender a ler é apenas o primeiro passo para se fazer um leitor. Primeiro e importante passo, carinhosamente dado com a ajuda do também primeiro e importante professor.
Para se continuar a formação de um leitor é preciso também um bom leitor como professor. Entre o livro e aquele que já sabe ler, vários são os que podem ajudar aquele que ainda não descobriu que a leitura pode ser um hábito e um prazer. A esses se chamam mediadores de leitura e poderíamos encontrá-los um pouco por toda a parte onde pode (e deve) haver livros, leitura e conversas em torno deles: nas casas das famílias, nas salas de aula, nas bibliotecas da escola, nas bibliotecas públicas, nos jornais, na rádio, na TV e no computador, nas livrarias, nas cidades. Com procedimentos diferentes, todos os que tenham como mesmo objectivo levar o leitor ao livro, levando o livro ao leitor, “metendo” o leitor dentro do livro e ajudando-o a sair de lá um outro leitor, maior e melhor.
Mediar leituras é respeitar os gostos do outro leitor, e ajudá-lo a compreender os meus gostos. É acompanhá-lo numa leitura que por vezes considero de gosto duvidoso, mas que cumpro integralmente, e explicar-lhe, tintim por tintim, porque não gosto daquele livro e prefiro outro, de temática semelhante. E explicar-lhe apaixonadamente porque me deixei agarrar por este livro. E pedir-lhe, a ele outro leitor, no limite da sua livre vontade de o fazer, que me explique os seus gostos.
Falar-se de um texto que se leu, porque se quis ou a isso se foi obrigado, é falar-se também de si próprio e da sua própria maneira de olhar o mundo, encontrando ou desencontrando as visões que nos livros perpassam desse mesmo mundo. Às vezes encontro bons leitores que não falam dos livros. Mas quando me dizem os livros que já leram, que andam a ler ou o que gostariam de ler a seguir, porque lhes pergunto ou dou a entender a minha curiosidade pelo assunto, sei que eles são também um modelo de leitor e que devo respeitar a sua “leitura silenciosa”. Para estes leitores silenciosos, um livro é um óptimo presente porque não só sabemos que o vão ler, como também sabemos que no-lo vão emprestar!
Para os leitores e faladores de livros, um livro é sempre não apenas um bom presente como uma boa oportunidade de convívio. Conversar à volta de um mesmo livro, muitas vezes pondo em causa que um mesmo livro diga a mesma coisa a dois leitores diferentes, é levar a leitura ao seu lugar mais alto e, no entanto, tão acessível. É só preciso encontrar quem converse connosco sobre livros, é só preciso ouvir quem fale para os outros sobre livros, é só preciso conhecer quem lê não só nas linhas mas também nas entrelinhas e nos ensine onde procurar essa matéria das entrelinhas de que o bom livro é sempre feito. É só, mas nem sempre é assim tão fácil.
Num ano que começou cheio de planos de leitura, nacionais até, convido aqueles que são bons leitores e que conhecem outros leitores, a dirigirem-se às várias casas onde vive o livro e a celebrá-lo. Se alguns têm a sorte de profissionalmente conviver com o livros e os seus leitores, como é o meu caso, todos os amadores poderão ter o prazer, e também a sorte, de encontrar nessas casas do livro os seus pares. E, melhor do que um simples profissional, dar o bom exemplo do que é ser leitor… e ter orgulho nisso!
Aprender a ler, juntando letras a sons, sons a palavras, palavras a discursos, e recebendo do texto escrito uma mensagem que nos informa, alerta, incomoda, espicaça, seduz, aprender a ler é apenas o primeiro passo para se fazer um leitor. Primeiro e importante passo, carinhosamente dado com a ajuda do também primeiro e importante professor.
Para se continuar a formação de um leitor é preciso também um bom leitor como professor. Entre o livro e aquele que já sabe ler, vários são os que podem ajudar aquele que ainda não descobriu que a leitura pode ser um hábito e um prazer. A esses se chamam mediadores de leitura e poderíamos encontrá-los um pouco por toda a parte onde pode (e deve) haver livros, leitura e conversas em torno deles: nas casas das famílias, nas salas de aula, nas bibliotecas da escola, nas bibliotecas públicas, nos jornais, na rádio, na TV e no computador, nas livrarias, nas cidades. Com procedimentos diferentes, todos os que tenham como mesmo objectivo levar o leitor ao livro, levando o livro ao leitor, “metendo” o leitor dentro do livro e ajudando-o a sair de lá um outro leitor, maior e melhor.
Mediar leituras é respeitar os gostos do outro leitor, e ajudá-lo a compreender os meus gostos. É acompanhá-lo numa leitura que por vezes considero de gosto duvidoso, mas que cumpro integralmente, e explicar-lhe, tintim por tintim, porque não gosto daquele livro e prefiro outro, de temática semelhante. E explicar-lhe apaixonadamente porque me deixei agarrar por este livro. E pedir-lhe, a ele outro leitor, no limite da sua livre vontade de o fazer, que me explique os seus gostos.
Falar-se de um texto que se leu, porque se quis ou a isso se foi obrigado, é falar-se também de si próprio e da sua própria maneira de olhar o mundo, encontrando ou desencontrando as visões que nos livros perpassam desse mesmo mundo. Às vezes encontro bons leitores que não falam dos livros. Mas quando me dizem os livros que já leram, que andam a ler ou o que gostariam de ler a seguir, porque lhes pergunto ou dou a entender a minha curiosidade pelo assunto, sei que eles são também um modelo de leitor e que devo respeitar a sua “leitura silenciosa”. Para estes leitores silenciosos, um livro é um óptimo presente porque não só sabemos que o vão ler, como também sabemos que no-lo vão emprestar!
Para os leitores e faladores de livros, um livro é sempre não apenas um bom presente como uma boa oportunidade de convívio. Conversar à volta de um mesmo livro, muitas vezes pondo em causa que um mesmo livro diga a mesma coisa a dois leitores diferentes, é levar a leitura ao seu lugar mais alto e, no entanto, tão acessível. É só preciso encontrar quem converse connosco sobre livros, é só preciso ouvir quem fale para os outros sobre livros, é só preciso conhecer quem lê não só nas linhas mas também nas entrelinhas e nos ensine onde procurar essa matéria das entrelinhas de que o bom livro é sempre feito. É só, mas nem sempre é assim tão fácil.
Num ano que começou cheio de planos de leitura, nacionais até, convido aqueles que são bons leitores e que conhecem outros leitores, a dirigirem-se às várias casas onde vive o livro e a celebrá-lo. Se alguns têm a sorte de profissionalmente conviver com o livros e os seus leitores, como é o meu caso, todos os amadores poderão ter o prazer, e também a sorte, de encontrar nessas casas do livro os seus pares. E, melhor do que um simples profissional, dar o bom exemplo do que é ser leitor… e ter orgulho nisso!
quinta-feira, 19 de abril de 2007
DIA MUNDIAL DO LIVRO 2007
Aproxima-se mais um Dia Mundial do Livro. Como não podia deixar de ser, a BPE assinala mais uma vez este dia com muitas iniciativas, que incluem a apresentação do novo livro de Ondjaki, a terceira edição da Maratona de Leitura, inauguração de uma exposição e muitas mais actividades, para pequenos e graúdos, que incluem teatro, música, marionetas…
PROGRAMAÇÃO DA BPE
dia 20, Sexta-feira
21.30h>> Inauguração das comemorações do Dia Mundial do Livro >> Lançamento do Livro "Os da Minha Rua" de Ondjaki, com a presença do autor e apresentação de Zeferino CoelhoOrganização: BPE / Ler com Prazer / Caminho
dia 21, Sábado
14.00h às 24.00h>> Maratona de Leitura, dedicada ao tema "Hospitalidade" (1ª sessão)
Sessão da Meia-Noite, conversas, poesia, música, teatro, marionetas...
dia 22, Domingo
10.00h às 18.00h >> Maratona de Leitura dedicada ao tema “Hospitalidade” (2ª sessão)
dia 23, Segunda-feira
11.00h às 19.00h >> Praça do Livro, na Praça do Giraldo
18.00h>> Inauguração da Exposição «O Mundo à Minha Procura Ruben A. 30 anos depois».
Exposição promovida pelo Centro de Literatura Portuguesa - FCTAPOIO:- Instituto de Língua e Literatura Portuguesas - ILLP- Fundação Eugénio de Almeida - FEA. Ficará patente na Biblioteca até ao dia 23 de Maio
Participe na Maratona de Leitura com que vamos comemorar o Dia Mundial do Livro, nos próximos dias 22 e 23 de Abril. Inscreva-se na BPE, através de um dos nossos números de telefone, por fax, por email, ou na ficha de inscrição on-line. Diga-nos qual é a hora que mais lhe convém.
Participe nesta Maratona de Leitura e comemore connosco o Dia Mundial do Livro!
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PROGRAMAÇÃO DA BPE
dia 20, Sexta-feira
21.30h>> Inauguração das comemorações do Dia Mundial do Livro >> Lançamento do Livro "Os da Minha Rua" de Ondjaki, com a presença do autor e apresentação de Zeferino CoelhoOrganização: BPE / Ler com Prazer / Caminho
dia 21, Sábado
14.00h às 24.00h>> Maratona de Leitura, dedicada ao tema "Hospitalidade" (1ª sessão)
Sessão da Meia-Noite, conversas, poesia, música, teatro, marionetas...
dia 22, Domingo
10.00h às 18.00h >> Maratona de Leitura dedicada ao tema “Hospitalidade” (2ª sessão)
dia 23, Segunda-feira
11.00h às 19.00h >> Praça do Livro, na Praça do Giraldo
18.00h>> Inauguração da Exposição «O Mundo à Minha Procura Ruben A. 30 anos depois».
Exposição promovida pelo Centro de Literatura Portuguesa - FCTAPOIO:- Instituto de Língua e Literatura Portuguesas - ILLP- Fundação Eugénio de Almeida - FEA. Ficará patente na Biblioteca até ao dia 23 de Maio
Participe na Maratona de Leitura com que vamos comemorar o Dia Mundial do Livro, nos próximos dias 22 e 23 de Abril. Inscreva-se na BPE, através de um dos nossos números de telefone, por fax, por email, ou na ficha de inscrição on-line. Diga-nos qual é a hora que mais lhe convém.
Participe nesta Maratona de Leitura e comemore connosco o Dia Mundial do Livro!
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quinta-feira, 22 de março de 2007
Foi tão bom falar a poesia!
O encontro foi passando ao ritmo das leituras e dos comentários que João Pedro Mésseder foi fazendo, encantando não só com a sua poesia - cada vez mais breve, cada vez mais abrasiva, cada vez mais sua (com o "eu" que mesmo com alguns pudores se vai desvelando) - como com os seus comentários.
A introdução feita pela Ana Margarida Ramos só veio confirmar que um bom autor merece um bom leitor. A Ana Margarida chega ao fundo dos sentidos dos versos de Mésseder, é ela mesmo uma leitora que qualquer autor deve desejar ter para o seu trabalho - com o seu conhecimento da literatura, deu-nos a conhecer a importância desta Poesia e o valor literário deste Poeta no panorama actual de Poesia portuguesa.
Eu disse que valia a pena ouvi-lo...
A introdução feita pela Ana Margarida Ramos só veio confirmar que um bom autor merece um bom leitor. A Ana Margarida chega ao fundo dos sentidos dos versos de Mésseder, é ela mesmo uma leitora que qualquer autor deve desejar ter para o seu trabalho - com o seu conhecimento da literatura, deu-nos a conhecer a importância desta Poesia e o valor literário deste Poeta no panorama actual de Poesia portuguesa.
Eu disse que valia a pena ouvi-lo...
quarta-feira, 21 de março de 2007
JOÃO PEDRO MÉSSEDER EM ÉVORA
ÉVORA
Aproxima-te do nome
pelo sul
a vogal como a planície
ainda esdrúxula
mas o acento de nobreza já visível
no castanho das torres sobre o branco
João Pedro Mésseder
Aproxima-te do nome
pelo sul
a vogal como a planície
ainda esdrúxula
mas o acento de nobreza já visível
no castanho das torres sobre o branco
João Pedro Mésseder
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